Numa conversa com uma amiga eis que ouço o seguinte: "eu tenho dedo para escolher quem me magoa".
Provavelmente já todos ouvimos ou dissemos algo semelhante, portanto a minha admiração não se prende com o que foi dito senão com o que está por detrás. Passo a explicar.
Em termos relacionais temos padrões que adquirimos e que vamos repetindo. Mas o que acontece é que muitos desses padrões relacionais nos trazem sofrimento.
O primeiro passo para quebrar esse ciclo, esse comportamento padronizado é a consciência do mesmo. Às vezes necessitamos de um outro que nos ajude a consciencializar. Outras vezes já estamos aptos a pensar sobre nós próprios e essa consciencialização faz parte do processo natural de (re)conhecimento pessoal.
Depois da consciência da coisa, é tempo de agir. O que nos diferencia a todos é a motivação (que está sempre presente) que nos leva ou não a quebrar padrões que nos fazem sofrer. Como em tudo, é uma questão de escolha e decisão. Como sempre, escolher e decidir revela-se a mais dificil das facetas da liberdade humana.