quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Da vida

Relembro o escrito há meses atrás:
Segundo a wikipédia, FÉ "é o mesmo que acreditar ou confiar , geralmente por questões emocionais; por algum motivo geral ou pessoal, por alguma razão específica ou mesmo sem razão bem definida, sem evidências físicas. Pode-se ter fé tanto numa pessoa quanto num objecto inanimado, numa ideologia, num pensamento filosófico, num sistema qualquer, num conjunto de regras, numa crença, numa base de propostas ou dogmas de uma determinada religião".

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Das relações (2)

"Todas as relações humanas se baseiam numa parte de imaginário, numa parte de sonho que se designa por fantasmas. Esses fantasmas foram produzidos ao longo do desenvolvimento psíquico dos indivíduos. Em suma, imagina-se aquele com quem se encontra a partir de experiências passadas, boas ou más, e são essas representações que podem ser fonte de angústia. Neste encontro, um único olhar pode evocar o universo:

Os sóis molhados
Destes céus perturbados
Têm para o meu espírito o encanto
Tão misterioso
Dos teus olhos traidores
Brilhando através das suas lágrimas

Mas os olhos da amada assemelham-se verdadeiramente a sóis à chuva? Não. Isso, foi Baudelaire que o viu, baseando-se no seu próprio imaginário: imaginou o outro à sua imagem."
Le premiere entretien en psychotérapie, Edmond Gilliéron

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Das relações

Ainda que sejamos sempre a mesma pessoa, todos temos potenciais "eus". Alguns permanecem ocultos, sendo que apenas uma pequena parte se dá a conhecer. Na unicidade da relação com cada pessoa, mostramos aspectos diferentes da nossa persona. Existem pessoas que parecem despertar o melhor que há em nós, mas, nós escolhemos - ainda que por vezes não tenhamos consciência de que o fazemos - mostrar a essas mesmas pessoas esse nosso lado. Não podemos nunca desprezar a responsabilidade que temos na nossa vida.
Paralelamente, devemos lutar contra uma vivência rígida. Se os papéis que desempenhamos forem estabelecidos de forma estanque, corremos o risco de ficarmos presos a um papel que, não só já não nos assente, como nos poderá trazer angústia e sofrimento.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Dos filmes

Do desafio que me foi proposto pela mir:

- "Todo sobre mi madre"
1999, Pedro Almodovar

- "Le Fabuleux destin d'Amelie Poulain"
2001, Jean-Pierre Jeunet

- "Out of Africa" (África minha)
1985, Sidney Pollack

- "The Wizard of Oz"
1939, Victor Fleming

- "Italiensk for Beqyndere" (Italiano para Principiantes)
2000, Lone Scherfiq

O desafio é proposto a todos os que por aqui passam.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O poder das palavras

... é para mim inquestionável. Mas atrevo-me a ir mais longe. As palavras têm, não só um poder curativo, como contribuem para essa cura através da clarificação de conflitos, zangas, mal estares... Em termos práticos por vezes não ocorrem logo transformações que podem ser visíveis do exterior ou pelos outros, mas a clarificação pode permitir que encontremos outras perspectivas, ocorrendo, dentro de nós próprios, mudanças significativas.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Cerimónia do Chá

Encontro-te...

Ouço-te...

Falo contigo...

Abraço-te...

Beijo-te...

Tenho-te...

Aperto-te...

Apanho-te...

Absorvo-te...

Asfixio-te...

Amo-te?

"Cerimónia do Chá" in contos para pensar, Jorge Bucay

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Da cronologia

Enquanto chove lá fora, e eu não vislumbro o significado a atribuir à chuva no primeiro dia do ano, paro um instante para desejar a todos um 2008 de acordo com as expectativas de cada um. Alguém me disse que não entendia a "histeria" que ronda este momento de transição que alguém um dia criou. Não tenho qualquer tipo de explicação, nem tão pouco estou interessada neste momento nessa eventualidade. Mas, se de facto, este marco histórico pode servir (ainda que às vezes de forma ilusória) como elemento catalisador para uma maior consciência de nós próprios, das nossas necessidade, dos nossos desejos, dos erros a não repetir, dos riscos a correr, da ponderação desses mesmos riscos, do simples acto de pensarmos no que nos poderá tornar mais felizes, do que nos ajudará a ultrapassar os momentos menos felizes, então, não vejo porque não, à maneira de cada um, celebrar este marco cronológico, que um dia alguém resolveu inventar.
Um feliz 2008!