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Era uma vez um equilibrista que vivia sozinho no seu mundo. Um mundo de cores, sons e cheiros. No seu mundo tudo havia sido possível. Mas já não o era. Já não se lembrava como ali tinha chegado, ao seu mundo, ausente de significados. Tudo parecia tão distante, tão longinquo, tão doloroso... O passado mais não era que um conjunto de memórias vagas, distorcidas, desprovidas de afecto ou emoção. Então porque doía? A procura de respostas implicava uma força que ele já não sentia, invadido por um vazio, um estranho perante si mesmo. Que reflexo era aquele que o espelho lhe devolvia? Que sombra era aquela que deslizava sobre o arame frio que lhe magoava os pés? Arrastava-se só para não cair lá em baixo, pois sabia que nada o esperava a não ser... o nada. Estava preso numa condição da qual não conseguia fugir. Sentia-se a desfalecer, mas não encontrava braços que o suportassem. Que fazer? Que caminho? Como fugir do tormento que carregava?
2 comentários:
olá inês mega!
o equilibrista vive no meio de nós.
Por outro lado a figura do equilibrista levou-nos por uma razão qualquer a nossa memória até esse livro espantoso do Paul Auster intitulado "Mr Vertigo". Melhor dizendo as aventuras de Mr. Vertigo e do rapaz-maravilha, o equilibrista quase perfeito.
beijinhos
paula e rui lima
seremos nós todos os unicos responsáveis pelo nosso próprio equilíbrio? (fiquei a pensar nisso)
beijinhos aos dois
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