Acabei recentemente de ler um livro intitulado Gosto de ti mas... da autoria de Ellen Wachtel proeminente terapeuta americana amplamente conhecida no campo da terapia familiar e conjugal.
Desengane-se quem pensa que é mais um daqueles best-sellers americanos de pouco conteúdo ou que sobrevive à conta do que imaginamos que seja senso comum. Desengane-se igualmente quem pensa que é um livro que apenas será útil aos técnicos da área da saúde ou terapias.
Pus de parte os meus (assumidos) preconceitos relativamente a autores americanos, e iniciei a leitura só a tendo posto de parte quando terminei as últimas palavras.
Posto isto, deixo aqui algumas ideias que retive do livro e que nos poderão ajudar a todos, em diversos momentos. E apesar de poderem achar que algumas destas ideias são básicas, no sentido depreciativo, parem e pensem se realmente colocá-las em prática é sinónimo de facilitismo.
Mesmo havendo sentimentos negativos, pode haver o reconhecimento e admiração por qualidades do parceiro.
Praticar a identificação de interacções e comportamentos de que gosta e admira.
Ser menos crítico não implica que deixemos que os outros usem ou abusem de nós.
Aprender a diminuir a intensidade das relações enquanto se aprende e pratica novas formas de comunicação.
Deixar de procurar evidências que justifiquem o que se sente (por exemplo no caso de desconfianças de infidelidade).
3 comentários:
Quantas vezes falhamos em concretizar estas aparentes evidências... Recordá-las nunca é demais
Àparte da aparente opinião clínica da autora, as tuas ideias favorecem um pouco a questão (por ti colocada) sobre se o equilíbrio próprio será uma tarefa apenas nossa. Nas relações existem duas pessoas com personalidades diferentes. É por vezes necessário conviver outras circunstâncias alheias à relação com a(o) nossa(o) companheira(o), para que exista equilíbrio pessoal, pois sem este, tudo o resto não o tem. No que diz respeito a relações, ambas as pessoas são "operárias" desse equilíbrio, mas cada uma, cria-o à sua maneira.
bj
olá magarça!!
olá hugo!!
infelizmente acho que falhamos vezes demais, mas em contrapartida e tal como escreveu a autora, nunca é tarde para repensarmos a nossa posição numa relação. é que estarmos conscientes da forma como actuamos, em alguns casos requer "apenas" que pensemos em novas estratégias. Ou então sermos mais empáticos, tentarmo-nos colocar na posição do outro e perceber o que este sentirá quando fazemos algo.
Por outro lado e como frisaste bem hugo, uma relação é feita a dois, e se o esforço só partir de um lado, as coisas dificilmente mudarão. Mas às vezes basta que apenas um se decida a quebrar o ciclo vicioso em que se tornou a relação, e a seguir novos passos dados de parte a parte poderão surgir.
ufa!!! hoje entusiasmei-me:)
beijinhos
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