sábado, 7 de julho de 2007

gosto de ti mas...


Acabei recentemente de ler um livro intitulado Gosto de ti mas... da autoria de Ellen Wachtel proeminente terapeuta americana amplamente conhecida no campo da terapia familiar e conjugal.

Desengane-se quem pensa que é mais um daqueles best-sellers americanos de pouco conteúdo ou que sobrevive à conta do que imaginamos que seja senso comum. Desengane-se igualmente quem pensa que é um livro que apenas será útil aos técnicos da área da saúde ou terapias.

Pus de parte os meus (assumidos) preconceitos relativamente a autores americanos, e iniciei a leitura só a tendo posto de parte quando terminei as últimas palavras.

Posto isto, deixo aqui algumas ideias que retive do livro e que nos poderão ajudar a todos, em diversos momentos. E apesar de poderem achar que algumas destas ideias são básicas, no sentido depreciativo, parem e pensem se realmente colocá-las em prática é sinónimo de facilitismo.


Mesmo havendo sentimentos negativos, pode haver o reconhecimento e admiração por qualidades do parceiro.

Praticar a identificação de interacções e comportamentos de que gosta e admira.

Ser menos crítico não implica que deixemos que os outros usem ou abusem de nós.

Aprender a diminuir a intensidade das relações enquanto se aprende e pratica novas formas de comunicação.

Deixar de procurar evidências que justifiquem o que se sente (por exemplo no caso de desconfianças de infidelidade).

3 comentários:

magarça disse...

Quantas vezes falhamos em concretizar estas aparentes evidências... Recordá-las nunca é demais

Anónimo disse...

Àparte da aparente opinião clínica da autora, as tuas ideias favorecem um pouco a questão (por ti colocada) sobre se o equilíbrio próprio será uma tarefa apenas nossa. Nas relações existem duas pessoas com personalidades diferentes. É por vezes necessário conviver outras circunstâncias alheias à relação com a(o) nossa(o) companheira(o), para que exista equilíbrio pessoal, pois sem este, tudo o resto não o tem. No que diz respeito a relações, ambas as pessoas são "operárias" desse equilíbrio, mas cada uma, cria-o à sua maneira.

bj

maria inês disse...

olá magarça!!
olá hugo!!

infelizmente acho que falhamos vezes demais, mas em contrapartida e tal como escreveu a autora, nunca é tarde para repensarmos a nossa posição numa relação. é que estarmos conscientes da forma como actuamos, em alguns casos requer "apenas" que pensemos em novas estratégias. Ou então sermos mais empáticos, tentarmo-nos colocar na posição do outro e perceber o que este sentirá quando fazemos algo.
Por outro lado e como frisaste bem hugo, uma relação é feita a dois, e se o esforço só partir de um lado, as coisas dificilmente mudarão. Mas às vezes basta que apenas um se decida a quebrar o ciclo vicioso em que se tornou a relação, e a seguir novos passos dados de parte a parte poderão surgir.

ufa!!! hoje entusiasmei-me:)

beijinhos