sábado, 7 de abril de 2007

À PROCURA DO ELOGIO

"Mulher ao Espelho", Picasso



Quão fraco e pobre acaba por ser aquele que precisa constantemente do elogio para se reafirmar e alimentar o seu mesquinho ego! Mesmo que tenha todas as posses do mundo, comporta-se como um miserável e torna-se o pior dos mendigos, já que não pede para comer, mas para dar de comer ao seu ego voraz.

in “Os Melhores Contos Espirituais Do Oriente”




Para qualquer lado que nos viremos, somos altamente pressionados para atingirmos todos e mais algum objectivo, nas mais variadas áreas da nossa vida. Temos que ser os mais bonitos, os mais inteligentes, os mais cultos, os mais educados, os mais bem sucedidos, etc, etc, etc.


E se para alguns, os objectivos a que se propõem atingir, fazem parte de projectos pessoais, cuja motivação advém, quase em exclusivo dos próprios, para outros há o ter que alcançar, para depois, serem elogiados pelo mundo que os rodeia. O nosso próprio desejo por um lado, e o sentimento de termos que, por outro.

Se a nossa motivação advier sempre (ou quase sempre) de fora, a plenitude vislumbra-se difícil, pois esta só é possível na presença dos outros que lá estarão para dar o reforço positivo, o elogio de que fala o excerto acima exposto. E quando não tivermos ninguém por perto?


Mas, se a nossa motivação for interior, bastamo-nos. O que não significa que dispensemos os elogios vindos dos outros. Esses continuam a ser muito bem vindos, mas não são indispensáveis para nos valorizarmos a nós próprios…

1 comentário:

? disse...

Acho andamos todos pelo meio, uns mais para o lado do eu, outros para o lado de quem os rodeia.
Nas relações, não é assim?
O equilíbrio, onde está?...
Beijinho Ri