Somos constantemente confrontados com escolhas. A todo o momento. Desde as mais insignificantes, aquelas que escolhemos sem sequer termos consciência de que o estamos a fazer, essas mesmas, sobre as quais não perdemos tempo a pensar nas eventuais consequências. Passando por escolhas que já nos fazem parar. Pensar. Escolher. Até às escolhas que parecem impossíveis de serem tomadas. Optar por um caminho parece representar uma perda insuportável. Escolher é ao mesmo tempo ficar sem algo, porque ficámos com uma outra coisa. Nenhuma opção parece a certa, porque nenhuma opção nos deixa aquela sensação de bem-estar. É muitas vezes nestas situações que vemos um outro tipo de escolha: o não escolher, que obviamente já é uma escolha. Escolhemos não escolher. Ficamos na ilusão de conseguirmos parar o tempo e adiar indefinidamente uma (outra) decisão. A que preço? É discutível. Mas não será por acaso que existe aquele ditado "mais vale uma má decisão que uma indecisão".
Andava eu a debater-me com estas questões, que na realidade são uma constante, quando ao voltar a olhar para ele, reencontro as palavras de Sartre "somos livres para ser qualquer coisa, menos não-livres"...
E essa é porventura a verdade mais difícil.
1 comentário:
Com todo o peso que isso acarreta, gosto muito da minha liberdade. É das coisas mais valiosas que tenho.
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