Ele (ou cada um de nós) faz-se a si próprio escolhendo-se e é uma combinação de realidades/capacidades e possibilidades/potencialidades, está “em aberto” ou melhor está em projecto. Este, é a maneira como ele escolhe estar-no-mundo, o que se permite ser através da sua liberdade, sendo que as escolhas podem ser feitas em função do futuro ou em função do passado: escolher o futuro envolve ansiedade (associada ao medo do desconhecido) e escolher o passado envolve culpabilidade (associada à consciência das possibilidades perdidas).
Introdução à psicoterapia existencial, José Carvalho Teixeira
6 comentários:
Ora aqui está um tema que me é querido. Contudo, não deixo de sentir alguma ambivalência em relação à perspectiva existencial.
Por um lado, faz-me todo o sentido esta projecção (não no sentido psicanalítico) no futuro e esta focalização na possibilidade do "vir a ser". Por outro lado, e nenhuma teoria é perfeita, este, quase, desprezo pelo passado não me faz tanto sentido.
Parece-me é útil perguntarmo-nos "para quê?", é isso que nos impele para o futuro e para a mudança. Mas por outro lado, também acredito que se soubermos, integrarmos e aceitarmos os "porquês" essas mudanças serão mais sentidas como naturais (ou, portanto, menos sentidas).
Este é, de facto, um tema que daria para horas de, saudável, discussão!
Bjo colega! É bom estar de volta.
por mais apaixonante que seja, tenho hoje a certeza que essas profissões me deixariam esgotada.
pôr tanta palavra e tanta explicação, deve ser exaustivo.
por curiosidade, o que tens a dizer da frase: "Saberemos cada vez menos o que é um ser humano." ?
Olá João:) welcome!
Para ti um desafio: quando não soubermos os porquês como se processa a mudança? ;)
beijinhos
Olá gnoveva (um dia se te apetecer ainda me hás-de explicar este nome)!
"saberemos cada vez menos o que é um ser humano"?
O que me veio à cabeça foi que cada vez sabemos mais detalhadamente e cirurgicamente certos funcionamentos da psique, mas isso pode não ser sinónimo de um maior conhecimento, porque quanto mais aprofundamos algo maior o risco de perder a globalidade, neste caso o ser humano como um todo...Mas puseste-me a pensar, e qq dia sai um post com todas as dúvidas que me irão surgir certamente. Cá te espero para me ajudares a esclarecer algumas:)
beijinhos
gnoveva não é um som tão aberto como Genoveva, que exigia letra maiúscula no início e dá uma certa sensação de ridículo, talvez pelo gno. além disso faz lembrar gnomos que são mágicos, como se sabe, e tem o veva, que é confortável o suficiente. :)
cá esperamos o post.
já agora, a frase é do Livro das Previsões.
Acho que poderia caracterizar as maiores decisões que tomei este ano como escolhas em função do futuro..e até agora não me arrependi ( á excepção de uma outra crise de ansiedade aguda :))
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